Período Misto
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO
Num
período podem aparecer orações que se relacionam pela coordenação e pela
subordinação. Assim, tem-se um período misto.
Por Exemplo:
O
atleta entrou na piscina e pediu que todos saíssem.
1ª Oração
2ª Oração 3ª Oração
1ª Oração: Oração Coordenada Assindética
2ª Oração: Oração Coord. Sindética Aditiva (em relação à 1ª
oração) e Oração Principal (em relação à 3ª oração).
3ª Oração: Oração
Subordinada Substantiva Objetiva Direta (em relação à 2ª Oração).
Observe outro exemplo:
Eram alunas que tiravam
boas notas, mas não estudavam.
1ª Oração:
Oração Principal
2ª Oração: Oração Subordinada Adjetiva Restritiva 3ª Oração: Oração Coordenada Sindética Adversativa (em relação
à 2ª oração) e Oração Subordinada Adjetiva Restritiva (em relação à 1ª oração).
PERÍODO
MISTO
As construções linguísticas,
presentes tanto na linguagem oral como na escrita, apresentam frequentemente
mais de duas orações em um período sobrepondo-se ou combinando-se de maneira
mais complexa, em inter-relações de coordenação e de subordinação. Tais
períodos denominam-se períodos mistos.
Observe o período abaixo:
Nossos sentidos
nos enganam ou são insuficientes, quando se trata de análise e observação.
Separando as
orações, temos:
Oração 1: Nossos sentidos nos enganam
Oração 2: ou são insuficientes,
Oração 3: quando se trata de análise, observação
e apreciação.
As orações 1 e 2 são coordenadas
entre si. Já a oração 3 está subordinada ao conjunto coordenado de 1 e 2. Sua
classificação ficaria assim:
Oração 1: (Nossos sentidos nos enganam) – oração
coordenada assindética
Oração 2: (ou são insuficientes,) – oração
coordenada sindética alternativa
Oração
3: (quando se trata de análise, observação e apreciação.) – oração subordinada
adverbial temporal.
Observe outro exemplo:
A violência
que não é uma característica da sociedade do interior do Brasil continua crescendo, embora sabíamos que
isto aconteceria.
Oração
1: (A violência continua crescendo) – oração principal em relação a 2 e ao
conjunto 3 e4;
Oração
2: (que não é uma característica da sociedade do interior do Brasil) – or. sub.
adj. Restritiva;
Oração
3: (embora sabíamos) – oração sub. adverbial concessiva em relação a 1
principal em relação a 4;
Oração
4: (que isto aconteceria.) – oração sub.
substantiva objetiva direta.
A
seleção brasileira de futebol ganhou, mas não empolgou a torcida, enquanto seu
vizinho já está classificado para a Copa.
Oração
2: (mas não empolgou a torcida,) - oração coordenada sindética adversativa;
Oração
3: (enquanto seu vizinho já está classificado para a Copa.) – oração sub.
adverbial temporal.
Tenho
receio de que nunca encontres teu amor à medida que envelheces.
Oração
1: Tenho receio – oração principal em relação a 2.
Oração
2: de que nunca encontres teu amor – or. sub. subst. Completiva nominal em
relação a 1.
Oração
3: à medida que envelheces – or. sub. adverbial proporcional em relação ao
conj. 1 e 2.
Oração 1: Meu avô diz – oração principal em relação a 2.
Oração 2: que os quadrinhos eram melhores anos atrás – or. sub. subst. objetiva direta em relação a 1.
Oração 3: quando os jornais imprimiam maiores – or. sub. adverbial temporal em relação a 2.
Não podemos, aqui, fazer o esquema para
todas as relações possíveis de períodos mistos. Cada caso é um caso. Por isto é
necessário analisar cada um.
Contar
os verbos, quanto nº de verbos existir será o nº de orações. E, é claro,
observar a relação de ideias que mantém uma a outra, além de observar as locuções
verbais.
Os períodos Mistos podem se relacionar com qualquer uma das orações coordenadas ou subordinadas, por isso é aconselhável a revisão de todo período composto.
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