Formação das Palavras
A língua portuguesa apresenta dois processos básicos
para a formação de palavras:
OBSERVAÇÃO: Existem palavras formadas por prefixo e
sufixos acrescido ao radical em momentos diferentes, isto é, não se juntaram
simultaneamente ao radical. Como, por exemplo, deslealdade: desleal – lealdade.
Dica: para estabelecer a diferença entre derivação prefixal e sufixal e parassintética, basta retirar o
prefixo ou sufixo da palavra na qual se tem dúvida. Feito isso, observe se a
palavra que sobrou existe; caso isso aconteça, será derivação prefixal e
sufixal. Caso contrário, será derivação parassintética.
ESTRANGEIRISMO
O estrangeirismo é
um fenômeno linguístico que consiste no uso “emprestado” de uma palavra,
expressão ou construção frasal estrangeira, em substituição de um termo na
língua nativa. Por algumas gramáticas é considerado um método de composição de
palavras, por outras é considerado uma figura de linguagem, e há as gramáticas
mais conservadoras que tratam o estrangeirismo como sendo um vício de
linguagem. Para que seja considerada uma figura de linguagem, é
necessário que tenha valor estilístico para o texto, a palavra estrangeira deve ser conhecida e utilizada na língua nativa.
O estrangeirismo pode também ser chamado de peregrinismo ou de
barbarismo. Alguns gramáticos mais tradicionais consideram todos os
estrangeirismos como um barbarismo, expressão que vem dos latinos (consideravam
que todo estrangeiro era um bárbaro).
No caso
da língua portuguesa, existem muitos estrangeirismos vindos da língua inglesa,
talvez seja essa a língua mais influente na atualidade por ser utilizada como
língua universal. Este fato faz com que muitos produtos importados venham
sempre com as informações e inglês, assim como internet, livros, moda etc. A
influência da cultura não poderia deixar também de influenciar a linguagem.
Exemplos de estrangeirismos:
Download, brother, croissant, designer,
jeans, link, cappuccino, yes, show, site, pizza, hot dog, reveillon, stop,
pink.
Existem também alguns estrangeirismos que devido ao seu frequente
uso na língua portuguesa, já foram incorporados ao léxico da língua, ou seja,
já são palavras dicionarizadas.
São exemplos:
shampoo (xampu), escanear (scan), deletar
(delete), football (futebol), basketball (basquete).
Portanto,
o estrangeirismo no Brasil é o fenômeno linguístico que traz palavras de outros
idiomas para a língua portuguesa. Algumas das expressões que são utilizadas
aqui vindas de outro idioma são pronunciadas tais e quais o são no seu idioma
de origem, já outras palavras sofrem modificações na sua pronúncia por uma
questão de acomodação da linguagem, adaptando-as para uma pronúncia semelhante
às palavras da língua nativa. Este outro fenômeno é popularmente chamado
e aportuguesamento.
Vejamos
exemplos de palavras “aportuguesadas”:
Recorde,
abajur, logado etc.
Hibridismo - são palavras compostas, ou
derivadas, constituídas por elementos originários de línguas diferentes
(automóvel e monóculo- gr e lat / sociologia, bígamo, bicicleta - lat e gr /
alcalóide, alcoômetro - ár. e gr. / caiporismo - tupi e gr. / bananal - afric e
lat. / sambódromo - afric e gr / burocracia - fran e gr)
OnomatopEia - reprodução imitativa de sons
(pingue-pingue, zunzum, miau, zinzizular)
Abreviação vocabular - redução da palavra até o limite de sua compreensão (metrô, moto, pneu, extra)
Siglonimização - formação de
siglas, utilizando as letras iniciais de uma sequência de palavras (Academia
Brasileira de Letras - ABL). A partir de siglas, formam-se outras palavras (aidético,
petista, uergiano)
Uso
do hífen (nVOLP)
Algumas
regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata
ainda de matéria controvertida em muitos
aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das
regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as
novas orientações estabelecidas pelo Acordo.
As
observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por
prefixos ou por elementos que podem funcionar
como prefixos, como:
aero,
agro, além, ante, anti, aquém,
arqui,
auto, circum, co, contra, eletro,
entre,
ex, extra, geo, hidro, hiper, infra,
inter,
intra, macro, micro, mini,
multi,
neo, pan, pluri, proto, pós, pré,
pró,
pseudo, retro, semi, sobre, sub,
super,
supra, tele, ultra, vice etc.
1. Com
prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h.
Exemplos:
anti-herói anti-higiênico anti-histórico macro-história
mini-hotel proto-história sobre-humano super-homem
ultra-humano extra-humano
2. Não se
usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se
inicia o segundo elemento. Exemplos:
aeroespacial agroindustrial anteontem antiaéreo
antieducativo autoaprendizagem autoescola autoestrada
autoinstrução coautor coedição extraescolar
infraestrutura plurianual semiaberto semianalfabeto
semiesférico semiopaco
Exceção: o prefixo
co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo
quando este se inicia por o:
coobrigar,
coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
3. Não se
usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por
consoante diferente de r ou s.
Exemplos:
anteprojeto antipedagógico autopeça autoproteção
coprodução geopolítica microcomputador pseudoprofessor
semicírculo semideus seminovo ultramoderno
Atenção: com o
prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos:
vice-rei,
vice-almirante, vice-presidente etc.
4. Não se
usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse
caso, duplicam-se essas letras. Exemplos:
antirrábico antirracismo antirreligioso antirrugas
antissocial biorritmo contrarregra contrassenso
cosseno infrassom microssistema minissaia
multissecular neorrealismo neossimbolista semirreta
ultrarresistente ultrassom
5. Quando
o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela
mesma vogal. Exemplos:
anti-ibérico anti-imperialista anti-inflacionário anti-inflamatório
auto-observação contra-almirante contra-atacar contra-ataque
micro-ondas micro-ônibus semi-internato semi-interno
6. Quando
o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar
pela mesma consoante. Exemplos:
hiper-requintado inter-racial inter-regional
sub-bibliotecário super-racista super-reacionário
super-resistente super-romântico
Atenção:
Nos
demais casos não se usa o hífen. Exemplos: hipermercado, intermunicipal,
superinteressante, superproteção.
Com o
prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por
r:
sub-região, sub-raça etc.
Com os
prefixos circum e pan, usa-se o hífen
diante de palavra iniciada por m, n e vogal:
circum-navegação, pan-americano.
7. Quando
o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento
começar por vogal. Exemplos:
hiperacidez hiperativo interescolar interestadual
interestelar interestudantil superamigo superaquecimento
supereconômico superexigente superinteressante superotimismo
8. Com os
prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen.
Exemplos:
além-mar além-túmulo aquém-mar ex-aluno
ex-diretor ex-hospedeiro ex-prefeito ex-presidente
pós-graduação pré-história pré-vestibular pró-europeu
pró-ativista recém-casado recém-nascido sem-terra
9. Deve-se
usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim.
Exemplos:
amoré-guaçu, anajá-mirim,
capim-açu.
10. Deve-se
usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam,
formando não propriamente
vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos:
ponte Rio-Niterói, eixo
Rio-São Paulo.
11. Não se
deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição.
Exemplos:
girassol madressilva
mandachuva paraquedas
paraquedista pontapé
12. Para
clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação
de palavras coincidir com o hífen,
ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:
Na
cidade, conta-
-se que
ele foi viajar.
O diretor
recebeu os ex-
-alunos.
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