Gerundismo


Resultado de imagem para imagem gerundismo



Fuja do gerundismo e saiba como usar a forma gramatical corretamente


Nos marketings, nos telemarketings, nos supermercados, nas escolas, nos escritórios, nas TVs, rádios e até mesmo em jornais e revistas, as pessoas adotam o de frases como: "vou estar te mandando um fax" ou "vou estar te telefonando em breve" ... Ninguém parece mais saber usar o simples futuro "Vou te mandar", "Vou te telefonar".

Há muitos anos, trava-se uma briga contra o "gerundismo". Instituímos o "Dia do Gerúndio", com explicações de professores de português, jornalistas e gramáticos. O tema é polêmico. Há os que não encontram problemas com a nova forma gramatical e os que não admitem tal uso.

Esse "vício de linguagem", introduzido pela mania nacional do copiar o anglicismo dominante, é conhecido como "gerundismo". É bastante atual e está na boca da população.

As pessoas que usam essa nova "forma gramatical" geralmente não percebem que têm tal vício de linguagem. Há um ano, Ricardo Freire escreveu um texto genial e bem humorado no gerundismo, como uma forma de protesto.

Segue uma pequena parte do texto:

"Este artigo foi feito especialmente para que você possa estar recortando e possa estar deixando discretamente sobre a mesa de alguém que não consiga estar falando sem estar espalhando essa praga terrível da comunicação moderna, o gerundismo".

Segundo o publicitário esse vício de linguagem não é tão novo assim. "A primeira vez que escrevi sobre o assunto foi em 26 de abril de 2000. Naquela época eu chamei o negócio de "futuro do gerúndio". De lá pra cá é que a coisa se espalhou de maneira epidêmica, e contaminou o cidadão comum e o diálogo corriqueiro", explica Ricardo Freire.


A seguir você poderá entender quando e por que não se deve usar essa forma gramatical e como ela pode e deve ser usada corretamente. O Último Segundo entrevistou o jornalista - autor do "Manual de Redação e Estilo de O Estado de S. Paulo", Eduardo Martins. Ele também tem um programa na Rádio Eldorado, "De Palavra em Palavra", onde tira dúvidas da língua portuguesa, além de livros publicados.

"Há quatro anos eu reparo nesse vício de linguagem. Não se usa de maneira nenhuma esse 'gerúndio no futuro'. Verbo estar, acompanhado ou não de ir, antes do gerúndio, para indicar uma ação futura? Não existe!".

Segundo o jornalista, só existe um caso onde essa forma é usada, mas somente quando se quer anunciar a ocorrência de duas ações simultâneas. Exemplo: "Quando você estiver chegando ao Brasil, na semana que vem, eu estarei partindo para os EUA".

Assim como Freire, Eduardo Martins acredita que essa nova "forma gramatical" surgiu do inglês. No inglês se usa claramente o "futuro do gerúndio", veja: "I will be sending it" ou "I will be doing". Aí sim, ao pé da letra, lê-se: "Eu vou estar mandando isso" ou "vou estar fazendo aquilo".

"Não tenho dúvidas de que tudo começou por causa da má tradução dos manuais de marketing e telemarketing - o mesmo povo que cunhou 'disponibilizar', 'otimizar', 'descontinuar' e outras aberrações", explica Freire.
(texto recebido via internet)

Mas atenção! Não confunda o abuso da utilização do gerúndio, com o uso devido desta forma nominal! Conheço patrões que, desesperados com a proliferação do gerundismo, têm levantado a bandeira contra o gerúndio, pobrezinho! O gerúndio não é o culpado pelo seu mau uso. Ao contrário, ele é bastante apropriado nos casos em que se necessita transmitir a ideia de movimento, de progressão, duração, continuidade, podendo ainda ser acompanhado por verbos auxiliares:

Os preços estão subindo todos os dias.
Andaram falando mal de ti.
Aos poucos ela vai ganhando a confiança do patrão.
A noite vai chegando de mansinho.



Então se:
IR + ESTAR + ENCAMINHAR (vou estar encaminhando) = ENCAMINHAREI

Considera-se GERUNDISMO




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Período Misto

Pré-Modernismo

Orações Subordinadas Adverbiais

Segunda Fase do Modernismo

Clareza, Coesão e Coerência