Resumo





Resumo

Ler não é apenas passar os olhos no texto. É preciso saber tirar dele o que é mais importante, facilitando o trabalho da memória. Saber resumir as idéias expressas em um texto não é difícil. Resumir um texto é reproduzir com poucas palavras aquilo que o autor disse.
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Para se realizar um bom resumo, são necessárias algumas recomendações:

1. Ler todo o texto para descobrir do que se trata.

2. Reler uma ou mais vezes, sublinhando frases ou palavras importantes. Isto ajuda a identificar.

3. Distinguir os exemplos ou detalhes das idéias principais.

4. Observar as palavras que fazem a ligação entre as diferentes idéias do texto, também chamadas de conectivos: "por causa de", "assim sendo", "além do mais", "pois", "em decorrência de", "por outro lado", "da mesma forma".

5. Fazer o resumo de cada parágrafo, porque cada um encerra uma idéia diferente.

6. Ler os parágrafos resumidos e observar se há uma estrutura coerente, isto é, se todas as partes estão bem encadeadas e se formam um todo.

7. Num resumo, não se devem comentar as idéias do autor. Deve-se registrar apenas o que ele escreveu, sem usar expressões como "segundo o autor", "o autor afirmou que".

8. O tamanho do resumo pode variar conforme o tipo de assunto abordado. É recomendável que nunca ultrapasse vinte por cento da extensão do texto original.

9. Nos resumos de livros, não devem aparecer diálogos, descrições detalhadas, cenas ou personagens secundárias. Somente as personagens, os ambientes e as ações mais importantes devem ser registrados.


REESCRITURA DO TEXTO: A paráfrase e o resumo

            O resumo tem por objetivo apresentar com fidelidade idéias ou fatos essenciais contidos num texto. Neste caso levam-se em consideração as opiniões do autor, reproduz-se o encadeamento e dispensa-se qualquer comentário ou julgamento. A ordem em que as idéias ou os fatos são apresentados é respeitada, no esforço de produzir as articulações lógicas do texto.

       Vejamos como se poderia resumir o texto abaixo:
           
LASAR SEGAL: UM MUSEU DE PORTAS ABERTAS
                 É bem provável que grande parte dos frequentadores de museus no Brasil não procure voluntariamente essa instituição cultural. Ao contrário, as visitas a museus, no Brasil, parecem estar inevitavelmente associadas a trabalhos e obrigações escolares, em excursões “protegidas” por uma escolta de professores e funcionários em missão obrigatória.
                 É compreensível, então, que nessas circunstâncias reste pouca simpatia de parte do estudante para com o acervo dos museus; o resto desta disposição vai ser pulverizado por todo um aparo que sugere quais devem ser as atitudes e comportamentos adequados ao ambiente. Ao visitante dos museus é transmitida a noção que o local carregado de respeitabilidade o melhor a ser feito é observar “muito respeito”, “pouca conversa” e lembrar que “esse é um lugar de contemplação”. Atitude semelhante à que se tem numa igreja, só que nesse caso o conjunto de normas vai contribuir decisivamente para estabelecer preconceitos em relação à obra de arte que dificilmente serão eliminados.
                 Com a autoridade institucional de que foi investido, o museu de arte representou, pela sua condição privilegiada, uma oportunidade única para sacralizar os objetos selecionados segundo os sonhos e fantasias de uma classe dominante. O museu, em sua forma tradicional serviu como elemento mistisficador da criação artística, além do local aonde as pessoas vão à procura de obras “consagradas” feitas por uma elite da qual a maioria da população se sente afastada.
                 Tornou-se, então, uma tarefa obrigatória dos museus de arte a luta para desmistificar certos conceitos que distanciam o trabalho artístico do “homem comum”. É o que vem sendo feito, de várias formas, por várias instituições brasileiras, entre as quais o Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro), o Museu de Arte Contemporânea da USP (SP) e o Museu Lasar Segal (SP).

Análise da progressão textual

:  Caracteriza as circunstâncias que, no Brasil, mais comumente levam ao museu seus frequentadores habituais.
:  Afirma que essas circunstâncias geram atitudes negativas por parte dos frequentadores em relação aos museus.
:   Mostra que o museu, enquanto instituição, estabeleceu tradicionalmente um distanciamento entre ele mesmo e o público.
:   Conclui que um novo relacionamento entre o museu de arte e a população deve nascer a partir de iniciativa dos próprios museus.

Resumo: Sabe-se que a maioria dos frequentadores de museus no Brasil são escolares que vão lá por obrigação e sob rigorosa vigilância. Em decorrência disso, a atitude mais geral desse público, em relação aos museus, é um misto de má-vontade e respeito excessivo. Por outro lado, o museu enquanto instituição constituiu-se tradicionalmente em altar de consagração da arte de grupos restritos, inalcançável para o cidadão comum. Cabe, então, aos museus promover o encontro entre a população e o trabalho artístico, como o vêm fazendo: o MAM (RJ), O Museu de Arte Contemporânea da USO (SP) e o Museu Lasar Segal (SP).
Fazer um resumo requer atenção dobrada. Um texto resumido deverá conter, fielmente, o assunto principal de cada parágrafo e o todo. Nunca, em hipótese alguma, podemos modificar a mensagem. Não existe uma receita de bolo para resumir, o que podemos dizer é para ter bom senso e cautela.

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